Monday, February 26, 2007

Dia 84 - São Bonifácio, SC - 4.560km (145)

E aí, Galera!

Como podem ter imaginado, carnaval é tempo de férias, inclusive férias de postagens, mas vamos ao resumo ultra-acelerado dos fatos, já que meu ritmo de pedal nesse período foi o de uma lesma tetraplégica.

Saindo de Curitiba no domingo de manhã, peguei tempo bom e asfato adequado para ir em direção ao litoral de Santa. Almocei num lugar muito bom, num dos postos que têm perto de São José dos Pinhais, onde não bebi nada por ter tido a oportunidade de comer vários pedaços de melancia gelada. Hummm, totoso!!
Muito se engana quem pensa que estar em Curitiba e ir para o litoral de bicicleta é fácil por causa da diferença de altitude. Perdi as contas de quantas subidas e descidas percorri até chegar no topo da serra, o que ocorreu lá pelo quilômetro 80! A descida da serra foi rápida, apesar da chuva durante toda a descida causada pelo vento na encosta da serra, e das relativamente perigosas ultrapassagens que fiz nos caminhões mais lentos. Chegando a Garuva, já em Santa Catarina, fiquei no Hotel Everester (sim, era esse o nome), relativamente bom e barato. Depois de um bom banho com lavagem de roupas, fui à LAN ver os emeios, em seguida jantei um delicioso prato feito no restaurante que fica na esquina do semáforo (só tem um lá), e fui assistir TV antes de dormir.

No dia seguinte, me senti disposto e resolvi abreviar o tormento de chegar a Bombas fazendo os 170km em um único dia. Havia vento contra e calor, mas a proximidade crescente do destino é capaz de operar maravilhas com a disposição de cicloturistas. Almocei em Joinville no restaurante do Makro, o mesmo onde parei na vinda, e durante a tarde parei várias vezes (para comer melancia na casa da melancia, para comer pastéis e suco em uma enorme tenda perto de Itajaí. Acabei chegando ao destino às dez e meia, podre de cansado mas satisfeito com o rendimento do dia.
Em Bombinhas, fiquei hospedado na pizzaria Eco 360°, no topo do morro da tainha, onde o Edgardo, amigo meu, estava trabalhando durante o verão. Lá de cima a vista é muito bonita, o mar muito verde, mas o morro é terrivelmente íngreme e alto, e a preguiça de ir à praia foi grande nos primeiros dias, o que não nos impediu de fazer coisas divertidas como derrubar pinus a machadadas, remar caiaques no mar de graça, e cavar buracos gigantes na areia fina da praia do mariscal. O pessoal da pizzaria me recebeu muito bem (apesar de me conhecer muito indiretamente só de nome e "fama"), e a janta diária era uma pizza tamanho gigante, quase do tamanho de uma roda de bicicleta aro 26, muito bem feita, recomendo.

Os três dias seguintes foram de ócio e atividades já citadas (derrubar pinus, remar caiaques e cavar buracos enormes na areia, além de descansar intensamente)

Na sexta feira acordei cedo para me mandar pedalando até Florianópolis, onde passaria o carnaval com mais 14 pessoas em uma casa alugada. O combinado era me encontrar com o Daniel na ponte, mas como eu peguei um ventão a favor e ele pegou um engarrafamentão contra, acabei chegando antes dele, aproveitando para comprar uma Coca-Cola dois litros e dar uma passada na casa do Varda para contar as novidades e fazer a matrícula na UFRGS. Dali fomos eu e ele até a ponte, onde logo chegaram o Daniel e mais quatro gurias, com dois carros no total: a Greice, a Mônica, a Alessandra e a Francini, todas muito bonitas e simpáticas, embora provavelmente tenham ficado desorientadas ao ver minha máscula e hirsuta ficura magra e longilínea, suada, fedorenta e cansada. Nem todo mundo está preparado para isso.
Dali fomos rapidamente para o Bob's (por absoluta falta de um Mac), forrar a pança com uma miniatura de hamburger superfaturada. Dali, seguimos para o norte da ilha, para procurar uma casa de aluguel em Ponta das Canas. Eu em particular imaginei que ficaríamos até as onze da noite batendo perna pra lá e para cá, devido ao adiantado da hora, mas por incrível que pareça conseguimos achar uma casa muito boa na principal de ponta das canas, há poucos metros de um supermercado bom, sendo que o aluguel ficou em dez reais por dia por cabeça, ou seja, praticamente de grátis.
Seria difícil lembrar de tudo o que foi feito no carnaval, mas posso dizer que as principais atividades foram ficar torrando ao sol no sábado em frente ao Pirata na praia brava, inundando os ouvidos com a mais pura techno-music e enchendo os olhos com as mais belas figuras femininas (as masculinas não olhei, mas eram do tipo bombado de sunga branca e óculos enormes com bronzeado malandro), além de encher a goela com as mais violentas ondas ao tentar passar a arrebentação, mesmo com pé-de-pato. Foi difícil, mas da segunda vez me dei melhor, servindo praticamente como alvo para os surfistas que vinham velozmente em minha direção. O outro dia foi nublado, e aproveitei para encher a pança no café da manhã que servia de almoço (dois litros de batida com mamão, maçã, mamão, açúcar, nescau e ovo, só para mim, além de dois pães franceses). Nem preciso dizer que o liquidificador da casa, após o meio-dia, só funcionava se fosse para fazer alguma poção alcoólica (as quais eu não consumi) como melancia atômica, frozen, e outras firulas carnavalescas que os universitários adoram. Os restos dessas beberagens foram amplamente usados para banhar o colega ao lado, inclusive para que o mesmo acordasse pela manhã, o que gerou um ciclo de vinganças líquidas que incluiu até espuma de barba, aguardem fotos. Nem preciso dizer que me esquivei de torrar vários dinheiros com baladas desgastantes em lugares como El Divino e Cais Cais, mas acabei indo a um sambão na Lagoa da Conceição, o que me rendeu a oportunidade de ver o Daniel fazer fiasco e requerer meus dotes de condutor de veículos, por estar podre de encachaçado.
A galera que estava lá conosco era muito divertida (não mencionei os outros, que eram o Felipe, o Rafael, o Vicente, a Dani, o Xuxa, a Letícia, a Franciele, a Fernanda e o Álvaro), e novamente o grande lance do carnaval foi a ampliação do círculo de amizades. Ainda por cima encontrei um casal de amigos, o André e a Márcia, que não via há tempos, eu estava no super e eles apareceram, e ainda por cima estava hospedado há duas quadras da nossa casa... Que mundo pequeno!

Dali fui de carona, na quinta feira, de volta a Bombinhas, onde passaríamos mais alguns dias descansando na praia progressivamente mais desocupada após o carnaval. Alugamos uma casa em Mariscal, e ali foram mais alguns dias torrando ao sol, cavando buracos realmente enormes na areia (exercício, instrospecção e desafio mental), nadando de pé de pato, indo a mirantes, fazendo rangos malandros em casa, conversando com pessoas novas (de preferência belas moças), derrubando pinus e outras atividades praianas.

Aos poucos, todos se mandaram e ficamos eu e o Edgardo descansando, domingo à tarde, comendo sempre que possível uma massinha, um pãozinho, uma espiga de milho, já que à tarde nos mandaríamos, virando a noite no pedal para fugir do sol.
Saímos já com déu escuro, fazendo uma média bem alta até Florianópolis, e depois dividindo o tempo entre pedalar sofregamente entre serras horríveis (entre Águas Mornas e São Bonifácio), dar tapas no farol que está com o funcionamento muito precário (acabei tendeo que fazer uma braçadeira para mantê-lo fechado e ligado, usando um raio quebrado que peguei do Sérgio Eloy lá em Itaúna) e parando para descansar, comer e esticar as paletas no chão duro, dando uma enganada na podridão corpórea.

Acabamos abreviando nosso percurso, que era inicialmente até Braço do Norte, para São Bonifácio, cidade de forte influência étnica e cultural alemã, à qual chegamos bem cedo após descer uma longa serra com neblina. Ficamos num hotelzinho, nos fartamos em uma apetitosa padaria, e após uma soneca pesada fomos almoçar no restaurante Essen Haus, muito boa a comida. Saindo dali, viemos a uma loja de informática que tem internet, onde fomos atendidos por uma muito simpática moça que representa bem o perfil típico da beleza feminina local: loira de olhos azuis, bem bonita e cheia de carisma. Daqui a poucos momentos, saindo daqui, pretendemos aproveitar o final da tarde para sentar na praça, comer algum doce, jantar cedo e nanar profundamente.

Um abração a todos e um beijo às meninas, em breve me uno a vós novamente!

Saturday, February 10, 2007

Dia 68 - Curitiba-PR - 4.020km (120)

E aí, Galera

Deu pra ver que não estou mais com muita condição (nem saco, para falar a verdade) de descrever minuciosamente meu dia a dia na viagem. Creio que isso seja efeito e estar correndo contra o tempo para chegar logo na praia para o carnaval, e em seguida em casa para o começo das aulas em março.

Lá em Echaporã, logo depois de sair da LAN, fui tentar tomar uma Coca-Cola, mas ela desceu com dificuldade, estava me sentindo quente, com sono, podre, enfim. Fui pra pousada e pedi algo gelado para tomar, mas o cara me deu um suco de laranja, cenoura (!) e água de coco, e estava morno! Eu tomei meio copo, larguei ele ali em cima de qualquer jeito, o que o cara certamente considerou uma grosseria, e fui correndo ao banheiro, onde logo vomitei. E vomitei tudo: pão prensado com bife, café, picolés, sorvete, tudo regado a uns dois litros (sem exagero, foram quatro generosas chamadas no Hugo) de líquidos rosados. Pronto, agora eu estava melhor, mas piorei rápido, por estar cansado, com sono e sem nenhuma fonte de energia no bucho. Deitei para dormir, e dormi mesmo, com ventilador em cima de mim, entre ondas de calor e calafrios por causa da febre. Quando mais tarde decidi que deveria comer algo e dormir definitivamente o resto da noite, bastou levantar (depois de muito preparo psicológico) para já ficar tonto, fraco a incapaz de ficar sequer sentado: deitei no corredor, e fui esperando melhorar. Entrei na casa do tio do hotel, que continuou com aquela expressão de estar sendo invadido (a esposa então...), mas ao mesmo tempo dizendo que eu poderia pedir o que precisasse... Pedi um copo gigante de água gelada, açúcar e sal, e fiz eu mesmo meu soro caseiro, o qual tomei em 0,37 segundos e me senti imediatamente melhor. Dali, por sugestão prontamente atendida por mim, feita pelo cara do hotel, fui buscado por um veículo do hospital para tomar um soro.
Fui muito bem atendido no hospital, onde me espetaram aquela borboletinha no braço (que desagradável...), e fui abandonado no escuro com glicose, soro fisiológico, bromoprida para o bucho, e uma garrafa de soro de reidratação oral bem geladinha. Uma hora depois estava já saindo caminhando. Comprei dois Fandangos e dois Gatorade (sim, sódio, carboidratos, nada de germes, e água gelada, tudo que eu precisava pra dormir).

Dia seguinte, sábado, acordei melhor, mas não muito. Estava dividido entre ficar ali, naquele local sem recurso, ou ir adiante lentamente, para tentar achar refeições e estadias melhores. Após café da manhã levíssimo, almoço suficientemente nutritivo (ambos no hotel) e um fandangos com gatorade de tarde, saí pedalando às 15h em direção a Tarumã ou Florínea, cidades dentro do meu alcançe naquela tarde fresca mas ensolarada, ou vice-versa. A maldita estrada era uma retona no estilo montanha-russa, alternando 50km/h com 8km/h incontáveis vezes. Passei por Assis, onde tomei um Energil Sport, depois Tarumã, onde tomei água com gás, e decidi ficar em Florínea. Ao chegar lá podre com 80km rodados, descobri que lá não tinha hotel.
Segurando a decepção, encarei os 35 restantes durante a noite, até Sertanópolis, onde cheguei pouco antes das dez da noite, graças à estrada boa com acostamento, nada de buracos ou surpresas. Lá, após ligar para a Natália, minha futura anfitriã de Londrina, fui abordado por um rapaz chamado Michel, que acabara de voltar de uma viagem de 16 dias a Montevidéu (ele foi até lá em 16 dias, tem louco pra tudo), e me convidou para jantar com a família dele na lancheria, e depois dormir na casa dele ali perto. Claro que aceitei, e embora tenha comido apenas algumas garfadas de arroz e uns pedaços de churrasquinho, tomei perto de um litro de coca. Que beleza.
Apesar de muito bem acomodado, custei a dormir, acho que por causa da coca, que tem o efeito estimulante, má idéia para a hora de nanar.

Dia seguinte, domingo, acordei mais tarde que deveria, tomei um belo café, me despedi depois de algumas fotos, e me mandei a Londrina, o tão sonhado próximo destino. No caminho, entre plantações de soja e sobe e desce constante (ao menos não era tudo reta), encontrei três ciclistas de Ibiporã, que foram treinar em Sertanópolis e já estavam voltando para casa. Fomos indo em um ritmo forte (demais até, para um convalescente), conversando e trocando idéias. Depois de nos separarmos, segui sozinho de Ibiporã até Londrina, já podre de cansado, ainda por cima o caminho é cheio de subidas. Cheguei meio-dia e meia na casa da Natália, amicíssima do Gonzalo, amicíssimo meu. Ela me recebeu super bem, e os próximos muitos dias foram uma beleza. Cheguei lá desidratado, depauperado energeticamente, podre mesmo, sem nenhum ânimo físico, magro, no bagaço, exterminado, imprestável. Fiquei por uns dois ou três dias com diarréia consistente (a diarréia era consistente, as fezes não...), sem apetite e com um sono cavalar. Era perceptível a progressão diária, de um farrapo humano para, novamente, uma atlética máquina de pedalar, com músculos e fígado repletos de glicogênio, pele túrgida e olhar vivo. Tudo isso graças aos intermináveis papos de altíssimo nível intelectual sobre todos os assuntos, que tínhamos o tempo todo, às brincadeiras com o Camilo, filho dela, que com quatro anos faz coisas mais avançadas do que eu fazia com seis (são outros tempos...), e adora assistir várias vezes seguidas filmes como Carros e Bob Esponja: O Filme (este último, presente meu). Ele tem uma bicicleta, e está já andando com uma rodinha só. Tem futuro, o rapaz... Ah, e é claro, fundamental para a minha recuperação foi a comida espetacular da Sônia, a senhora que arruma a casa da Natália, e tem uma mão abençoada para mandar um rango malandro. Realmente, umas "férias das férias", uma estadia que vai deixar saudades, duvido SPA melhor. Vale um alô para a irmã Amanda e sua filha Yara, e o avô Mário, outros membros da família que tive o prazer enorme de rever ou conhecer.
Durante minha estadia por lá aproveitei e visitei a fábrica da VZAN, onde conversei com o José Orlando, gerente de produção. Ele me mostrou várias máquinas, desde as que fabricam os aros (a coisa é rápida, eles fabricam muuuuuuitos aros por dia!), até as que montam rodas (coisa robotizada, que monta, centra e pré-tensiona as rodas, semi-automaticamente, ficando em um padrão de excelência mesmo), e, recentemente, os cubos, que são de alumínio forjado a frio com forjas 3D, aguardem, garotos, em breve a VZAN vai invadir o Brasil com novos produtos a um preço inacreditável SEM SER COISA ORDINÁRIA!

Devido a razões cronológicas, geográficas e logísticas, saí de lá na sexta-feira à tarde, dentro de um ônibus da Viação Garcia com destino a Ponta Grossa. Sim, profanei minha viagem com uma viagem de ônibus, e não estou nem aí. Foi a melhor escolha: economizei 300km de relevo bem ondulado, estrada com poucas paradas possíveis, e evitei a fadiga. Me ajudou a fazer a mão do desmanche e carregamento da bici e da carga o Tyago Yoshida, que conheci em Londrina. Ele também é cicloturista e fez uma viagem bem longa (7 meses) pelo norte e nordeste do país. Grande cara. Dormi em um hotel em Ponta Grossa, meio caro, mas o rango foi ótimo e barato, com destaque para a Batata-Salsa, um tipo de batata que parece mandioca e tem um sabor indescritível. E ótimo!!

Hoje, sábado, saí de manhã de Ponta Grossa depois de um ótimo café da manhã, e não sofri muito para chegar em Curitiba, com várias descidas, subidas possíveis, muito bem-vindas curvas, e até um encontro casual com três ciclistas de Londrina (!) que estão indo passar o carnaval em Florianópolis. Estão acampando em qualquer lugar, com mochilas nas costas, bagagem coberta com sacos plásticos... É, equipamento não é nada, vontade é tudo! Fomos um trecho papeando, tiramos umas fotos, e era isso, lá foram eles. Eu segui serpenteando entre alguns pedidos de informação, até a casa da minha prima Rosângela, sendo recebido pelo marido dela, o Fernando, e os filhos deles, Bernardo e Fabricio. Já acomodado, banhado, alimentado, blogado, vou lá pra falar com eles, senão vão me tirar pra antisocial, aqui na frente deste micro.

Na medida do possível, torno a escrever, mas acho que a coisa vai ser assim, mais sintética e esporádica. Um enorme abraço a todos, amigos!!

Friday, February 02, 2007

Dia 60 - Echaporã, SP - +/- 3.800km (211)

Bom, galera, pelo título já viram que eu pedalei pra caramba. Como estou em rumo acelerado em direção à praia, e o sol está de matar, resolvi fazer uma pedalada noturna e fui de Jaú até Echaporã, com um descanso longo na tarde de quinta em Pederneiras, e acabei fazendo de uma vez só, sem dormir, o que geralmente levaria três dias pra fazer. Neste momento estou me sentindo podre, zonzo e talvez com alguma febrezinha reativa, mas logo passa. Pra variar, meu farol malandro com dínamo deu pau e não está funcionando. O outro farol, com led, está com a tampa meio rachada, e tive de amarrá-lo com fita isolante sobre a bolsa de guidão, pois não há mais espaço no próprio guidão para prendê-lo com seu suporte original. Agora, na LAN, resolvi carregar o telefone, e aquele carregador genérico fajuto não faz nem cócegas no telefone, mesmo acendendo o led indicador de funcionamento, e a bateria está quase acabando. Enfim, nada que me obrigue a mudar rotas ou atrasar a viagem, hehe.
Outra hora, quando eu estiver me sentindo melhor, vou comentar sobre minha ótima estadia em Franca, minha passagem "tocada" pelo norte de São Paulo, onde peguei trechos com Pendentes Longas (um caminhoneiro me ensinou esse termo, são as baixadas ou lançantes sem curvas. Só podia ser gaúcho o caminhoneiro...), e minhas dez horas e pouco de pedal overnight.

Abraços, vou catar um orelhão (é o jeito) e descansar muuuuito.